segunda-feira, 29 de março de 2010

Entrevista com o surfista amador Bruno Marujinho.


Por: Thibério Menezes



Você é um surfista bastante reconhecido em Sergipe, todos lhe conhecem como “Marujinho” que história tem esse apelido?

Bruno Marujinho – Meu pai é Marinheiro, sargento da Marinha, e todos os seus amigos o chamavam de Marujo, daí filho de Marujo só poderia ser Marujinho


Como está sendo essa nova fase na sua vida onde agora você é o mais novo papai, e o quê mudou na sua vida?

B.M – Mudou muita coisa, a notícia de ser pai foi de grande alegria e de grande responsabilidade, tive que buscar alternativas de trabalho, pois agora tenha uma linda filha. No Surf continuou a competir aqui no estado to com mais vontade de vencer, mais agora com pouco tempo para treinar, mas sempre faço as caídas que me motiva bastante


Até o ano de 2008 podemos presenciar grandes atuações nos campeonatos Nordestinos, qual foi o motivo que o fez se afasta das competições nacionais e Nordestinas.

B.M – Atualmente eu não tenho mais patrocínio, então fica inviável de viajar, faltou incentivo para competir de Empresários do ramo e o apoio da Federação. Mas enquanto estava competindo fiz bons resultados, minha melhor colocação foi um 6º Lugar na Bahia em Villas do Atlântico em 2007.


Finalizamos está entrevista antes da ultima etapa do Sergipano 2009/10, você nos relatou que estava com mais vontade de vencer e isso se confirmou. Portanto voltamos para fazer uma nova pergunta. Qual significado teve essa vitória para sua carreira e nas próximas competições?

B.M – Sempre é bom vencer em casa, fui o único sergipano na final e briguei até o fim para vencer, só tenho agradecer a Deus e a todos que torceram por mim, ao meu Shaper Claudio Tady e toda minha família, com certeza essa vitória vai me deixar mais motivado para continuar treinando em busca de resultados.


Bruno Marujinho é o atleta que se diferencia por ser um surfista carismático e humilde, qual a relação que você faz sobre a educação e o respeito dentro da água?

B.M – A educação é essencial, sempre tive uma boa base que foi de minha família de sempre respeitar os mais velhos, as companhias também são fundamentais, então tem que ter respeito aonde você chegue tem que saber respeitar os nativos, por essa vivências que me fez forma esse caráter.


O Surfista da Praia de Atalaia desde jovem destacou-se no surf pelos grandes aéreos, muitas pessoas o apontavam como uma revelação para o esporte, o que faltou para você despontar no cenário nacional?

B.M – Como eu comento Aracaju é um lugar de grandes talentos, Bruno Cainan, Romeu Cruz, Kayan Barbosa entre outros. Você chega à praia e vê vários moleques quebrando e o Surf que se diz o Surf não reconhece esses talentos. Quando eu era patrocinado era por uma empresa totalmente diferente do ramo, como Sergipe pode revelar talentos se marcas e envolvidos não chegam junto.


Você está passando por uma fase maravilhosa de ser pai, mas como anda sua vida pessoa e profissional no trabalho, pois se você deixou de competir profissionalmente?

B.M – Como eu já disse busquei uma profissão dentro do Surf, Graças a Deus desde cedo pode conhecer meu shaper Claudio Tady e ele me deu a oportunidade de aprender mais com ele, abriu as portas de sua fábrica e agora estou laminando e dominando as lixas, mas sem pensar em largar o surf, sempre que rola um tempo eu surfo e quando dá participo de campeonatos.


Qual a análise que você faz do Surf Sergipano atualmente, e na sua visão o que poderia melhorar?

B.M – O surf Sergipano está passando por uma fase maneira, muitas pessoas envolvidas sendo algumas querendo trabalhar e entende de Surf, mas outras que nunca surfaram e dizem saber de tudo, pra mim quem sabe de tudo é Deus. A Federação deveria se impor mais em relação a essas Surf Shops que não apóiam os atletas, deveria banir essas pessoas que não querem trabalhar em pro do desenvolvimento do esporte.


Como você analisa essa nova geração Jesse Mendes, Jadson André, Gabriel Medina em que marcas acreditaram nos seus trabalhos, enquanto que “N” talentos ficam sem oportunidade de apresentar suas pretensões no esporte?

B.M – O Jadson competir vários vezes com ele no Nordestino Amador e no Rip Curl Grom Search em Alagoas, a galera de Natal o apoiava, o Ademir Calunga indico ele para as marcas, o moleque tem muito no surf no pé, várias pessoas envolvidas na carreira dele e ele foi reconhecido. Então falta mais a participação de pessoas envolvidas para revelar grandes atletas aqui no estado.


Na sua carreira de surfista teve algum momento que você pensou em mudar de estado em busca de melhores oportunidades no esporte. Qual foi a atitude melhor a ser tomada?

B.M – Pensei em morar em Flóripa, fiz alguns telefonemas para uns amigos que moravam lá, Diogo Lemos e Fabrício Peixoto, mas pensava em entrar no Super Surf e o Nordestino na época ofereciam quatro vagas, então seria melhor ficar aqui no Nordeste. Fiquei 3 anos competindo o Nordestino daí perdi o patrocínio e fiquei sabendo que minha mulher estava grávida, daí resolver mim profissionalizar em outra área na fabricação de prancha.



Todo desportista tem seu auge e seu declínios nesse tempo que você foi surfista profissional, você gostaria de fazer algo que não fez ou voltaria atrás de alguma atitude tomada durante esse tempo.

B.M – Curtir o máximo o surf competição, aproveitei bastante e batalhei com poucos recursos representei bem o meu estado, tudo foi aprendizagem, tudo foi bom Graças a Deus.


Em Sergipe há uma grande carência de empresas que investem nos atletas em geral, seja surf, skate, kite surf, entre outros. Qual a avaliação que você faz desses Empresários que ganham em cima do nome do Esporte.

B.M – É uma questão de lógica bem ou mal você “vende e ganha” e não patrocinam e nem apóiam, esses deveriam ser banidos, 90% das lojas, marcas, representantes não patrocinam nenhum atleta e nem vão á praia para saber quem está surfando bem ou ainda mais nem querem saber de quem ganhou a competição.


Para Sergipe crescer no cenário do Surf nacional não basta só o empenho federação e das Marcas, o atleta tem que ter uma responsabilidade e compromisso com o esporte, simplesmente dar exemplo e merecer um patrocinio. Onde você acredita que os atletas sergipanos falham para se tornarem campeões e merecerem patrocínio?

B.M – Pra mim todos os atletas no meu conhecimento entram na bateria instigados para ganhar, não só para chegar em casa com troféu ou levar o cheque para conta, ele que vê a bandeira de Sergipe lá em cima. Todos os estados têm um ou mais competidor no Brasil Pro, o quê ta faltando é o reconhecimento, pois todos dão o sangue para levantar a bandeira.


Quais são suas perspectivas no Surf para esse ano e quando teremos Marujinho de voltar as competições nacionais.

B.M – Esse ano quero mim dedicar a ser campeão Sergipano Open e participar do Nordestino Amador e Pro que vai ter aqui em Aracaju e guarda o Maximo de tempo para minha esposa Mari e minha filhinha Lara.


Deixe um recado para aqueles internautas que acessam o site Ondulação e estão lendo sua entrevista?

B.M – Um 2010 de muitas felicidades para todos os surfistas, Paz, Amor e Prosperidade e deixem a próxima onda da série para mim que eu quero pegar(risos) Aloha!!!

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